Lifelong learning: como a aprendizagem continuada impacta a sua vida?

Com o avanço da tecnologia e a maior facilidade ao acesso as informações (para pessoas que possuem acesso a internet), possibilitou um maior aprendizado de novas habilidades e competências. Isso tem se tornado comum, e após a pandemia será intensificado. Devido a esse cenário surgiu o lifelong learning ou formação continuada, que é a necessidade do profissional sempre estar se atualizando devido as constantes mudanças no mercado de trabalho e no mundo.

O profissional do presente e do futuro é aquele capaz de aprender novas habilidades, que gosta de aprender, que é autodidata, que se interessa por desafios possíveis, que conhece suas fraquezas e pontos fortes, que não é arrogante quanto a sua posição ou conhecimento e capaz de pedir ajuda. Neste novo mundo, onde nada é fixo, cultivar o hábito e gosto pelo aprendizado é essencial à sobrevivência. Para tanto é necessário frequentar ambientes diversificados, conhecer diferentes tipos de pessoas, estar próximo de pessoas melhores, ter interesses além da sua área de trabalho, falar sobre dinheiro, fazer cursos que desenvolvam habilidades técnicas, trabalhar o autoconhecimento, sua personalidade e a mentalidade de crescimento, aumentando o repertório cultural.

“O analfabeto do século XXI não será aquele que não consegue ler e escrever, mas aquele que não consegue aprender, desaprender e reaprender. “

Alvin Toffler

Como um vídeo game, cada fase em que passamos n vida exige uma nova habilidade e um conhecimento que ainda não temos. Reconhecer quais são essas habilidades e conhecimentos, e como se pode conquistá-las é o caminho para chegar no “chefão” e “zerar” o jogo, para então começar outro jogo e assim vai… Caso não consiga aprender novas habilidades, reconhecer os erros, ter autoconhecimento, humildade e coragem para mudar, irá andar em círculos e não “vai passar de fase no jogo”.

Cada vez mais a vida pessoal está ligada a vida profissional, sendo bem difícil separar uma da outra (como vemos agora na pandemia). Outra característica desse futuro-presente é que dificilmente uma pessoa terá apenas uma profissão ao longo de sua vida. Cada vez mais as pessoas trocam de curso de graduação ou tem mais de uma graduação. Então será comum vermos estagiários ou recém-formados com mais de trinta anos, que podem sim agregar muito valor a uma equipe multidisciplinar pela experiência de vida e de carreiras. Isso já é uma realidade, que deve se intensificar, até mesmo porque novas profissões surgem e outras deixam de existir. As grandes corporações devem estar preparadas para este novo profissional “sênior multidisciplinar”, afinal existe uma tendência de envelhecimento da população, principalmente da classe média e alta.

Mas o que é necessário aprender agora? Qual é a habilidade essencial que eu não tenho? O que é preciso fazer para conquistar o meu objetivo? Essas são algumas das perguntas que devem ser feitas para quem deseja se aprimorar, antes de iniciar algum curso. Para tanto é bom que se oriente através de alguns passos, como:

1. Dar uma pesquisada prévia sobre a área de aprendizado ou habilidade que se deseja aprender, de modo a saber do que se trata e se essa área é para você.
2. Listar, de forma objetiva, quais habilidades, conhecimentos, experiências, certificados e vivências são necessárias para a execução da nova habilidade. Se pergunte (de forma sincera) quais habilidades você possui e quais habilidades precisa aprender.
3. Buscar cursos, workshops, grupos de discussão no facebook, fóruns, canais no youtube, profissionais de referência na área; enfim qualquer recurso que te ensine desde o básico até o “pulo do gato”.

Nesse contexto, o EAD (ensino a distância) tem crescido em importância, seja na educação básica ou na educação corporativa. Então é necessário estruturar esse ensino de forma a tornar mais competente o processo de aprendizagem.

Em função deste cenário, tem crescido a necessidade do design instrucional que é uma área que projeta e implementa cursos sistematizando o processo de ensino-aprendizagem. Baseado originalmente no modelo processual ADDIE (analyze, design, develop, implement, evaluate) que consiste respectivamente nas etapas: analisar, projetar, desenvolver, implementar e avaliar. Outros modelos foram criados a partir deste, sempre focando no aprendizado do aluno.

Ter um progresso na vida profissional e pessoal requer investir em aprendizagem e a implementar o aprendizado, desenvolver soft skills (habilidades socioemocionais) e hard skills (habilidades técnicas), não se esquecendo de se investir na saúde mental (que é a base para uma vida satisfatória e do aprendizado em si, já que este está vinculado ao emocional).

Bibliografia:

ALMEIDA, Cláudio. Quem é o Designer Instrucional e por que essa profissão é imprescindível para a educação a distância? Disponível em: https://mlearn.com.br/aprendizagem-movel/o-importante-papel-do-designer-instrucional-na-educacao-a-distancia/ Acessado em: 20.08.2020

HISTÓRIAS INTERATIVAS. Modelagem de Conteúdo: modelos de design instrucional. Disponível em: http://www.historias.interativas.nom.br/lilith/aula/apostilas/modelagem-modelosDI.pdf Acessado em: 20.08.2020

TRACTENBERG, Régis. O Design Instrucional e suas etapas. Disponível em: https://www.livredocencia.com/home/design-instrucional/ Acessado em: 20.08.2020